Os cientistas costumavam considerar Marte um planeta geologicamente morto. É menor que a Terra e perde calor interno mais rápido. No passado, havia muita atividade em suas profundezas e há muitos vestígios de enormes erupções vulcânicas em sua superfície. O maior vulcão do Sistema Solar, o Olympus, pode ser visto da Terra mesmo com um telescópio amador. Mas as erupções vulcânicas em Marte pararam há muito tempo.

O interior do planeta esfriou e solidificou, o resfriamento interno enfraqueceu seu campo magnético, o vento solar soprou a atmosfera e a água restante congelou.

Mas, recentemente, Marte tornou-se mais ativo. Tudo mudou quando os astrônomos estudaram milhares de imagens da região equatorial marciana. As imagens foram tiradas entre 2006 e 2020 pelo NASA Mars Reconnaissance Orbiter. A câmera HiRISE capturou as imagens a uma altitude de 300 quilômetros acima da superfície marciana. As imagens nos permitem distinguir objetos individuais com um tamanho de até 1 metro. O estudo revelou um grande número de deslizamentos de terra e fluxos de detritos nas encostas dos vulcões marcianos.