No auge da Guerra Fria, a agência de inteligência dos EUA desenvolveu um programa para empregar poderes psíquicos contra a União Soviética

Na década de 70, a CIA deu sinal verde para um de seus projetos mais extravagantes. Batizado de Stargate, esse programa tinha o objetivo de utilizar habilidades paranormais com propósitos militares. A iniciativa foi encerrada em 1995, mas só em 2017 seus arquivos deixaram de ser secretos.

O objetivo da CIA era tentar desenvolver habilidades psíquicas em agentes do próprio órgão e militares. O projeto surgiu na Guerra Fria como resposta a um suposto programa semelhante desenvolvido pela URSS. O Stargate se concentrava em um princípio conhecido como “visão remota” (que envolve observar um objeto, pessoa ou lugar a uma grande distância com a mente ou por meio de uma experiência fora do corpo).

https://youtube.com/watch?v=eJ8wxHiQ-A0%3Fsi%3DkDvnbEAu3RiWqHI9

O projeto contava com a participação de colaboradores como os parapsicólogos Hal Puthoff e Russell Targ. Eles lideraram uma missão que tinha como objetivo identificar fenômenos psíquicos que pudessem ter aplicações em defesa e inteligência. A CIA chegou até mesmo a recrutar o famoso paranormal Uri Geller, que se popularizou por supostamente entortar colheres com a mente. De acordo com os documentos que perderam o sigilo, a agência testou as habilidades de clarividência e telepatia de Geller.

O Stargate acabou encerrado depois de pouco mais de vinte anos de atividade. A CIA concluiu que o projeto nunca provou sua utilidade e que os testes que provariam a veracidade da atividade paranormal tinham sido falsificados. Estima-se que a agência tenha investido aproximadamente 20 milhões de dólares no programa.