Sinal de rádio de 8 bilhões de anos vindo do espaço é detectado por astrônomos

Sinal de rádio de 8 bilhões de anos vindo do espaço é detectado por astrônomos

13/02/2024 0 Por jk.alien

Descoberta poderá ajudar a “pesar” o Universo e compreender melhor sua estrutura

Uma equipe internacional de astrônomos anunciou a descoberta da mais antiga e distante explosão de rádio rápida (ou FRB, na sigla em inglês) já detectada até hoje. Segundo os pesquisadores, o sinal espacial demorou cerca de oito bilhões de anos para chegar na Terra. Sua fonte é um grupo de duas ou três galáxias que estão se fundindo, de acordo com um novo estudo publicado no periódico Science. 

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“Pesar” o Universo

A explosão, batizada de FRB 20220610A, foi descoberta em junho do ano passado pelo radiotelescópio ASKAP, na Austrália. De acordo com os cientistas, encontrar FRBs distantes é fundamental para medir com precisão a matéria em falta no Universo, oferecendo uma nova forma de “pesar” o Universo. Esse conceito foi apresentado pela primeira vez pelo falecido astrônomo australiano Jean-Pierre ‘J-P’ Macquart em um estudo publicado na revista Nature em 2020.

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Antenas do rádiotelescópio ASKAP
Antenas do rádiotelescópio ASKAP (Imagem: CSIRO (CC BY 3.0 DEED), via Wikimedia Commons)

“J-P mostrou que quanto mais longe está uma explosão rápida de rádio, mais gás difuso ela revela entre as galáxias”, disse Stuart Ryder, pesquisador da Universidade Macquarie, na Austrália, e líder do estudo. “Isso agora é conhecido como relação Macquart. Algumas recentes rajadas rápidas de rádio pareceram quebrar esse relacionamento. As nossas medições confirmam que a relação de Macquart abrange mais de metade do Universo conhecido”, afirmou.

FRBs são pulsos de ondas de rádio que geralmente duram apenas milissegundos, mas suas origens permanecem um mistério. “Embora ainda não saibamos o que causa essas explosões massivas de energia, o estudo confirma que as explosões rápidas de rádio são eventos comuns no cosmos e que seremos capazes de usá-las para detectar matéria entre galáxias e compreender melhor a estrutura do Universo”, disse Ryan Shannon, da Universidade Swinburne, na Austrália, e coautor do estudo.

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