Trump responde após novas fotos dele com Jeffrey Epstein serem divulgadas

Novas imagens trouxeram à tona detalhes concretos da relação entre Donald Trump e o criminoso sexual Jeffrey Epstein, gerando novas perguntas e uma reação característica do presidente. A descoberta mais significativa confirma, pela primeira vez com evidência visual, a presença de Epstein em um evento íntimo da vida de Trump: seu casamento com Marla Maples em 1993.

Um vídeo antigo, também recuperado, mostra Trump e Epstein aparentemente rindo e conversando durante um evento da Victoria’s Secret em Nova York, em 1999. Esses registros visuais, analisados pela equipe KFile da CNN, oferecem um vislumbre da proximidade social que os dois homens compartilhavam durante os anos 1990.

O fotógrafo do casamento de 1993, Dafydd Jones, afirmou à CNN que reconheceu Epstein na cerimônia. Ele havia fotografado Epstein antes, ao lado de Trump, em um jantar no Harley Davidson Cafe, em Nova York, em outubro do mesmo ano. Jones expressou arrependimento por não ter registrado mais imagens dos dois juntos naquela ocasião, mencionando que os negativos originais do casamento foram perdidos, restando apenas cópias de contato.

Donald Trump anunciou planos de divulgar materiais do grande júri relacionados a Jeffrey Epstein

Quando a CNN pediu um comentário sobre as fotos do casamento, Trump respondeu com apenas seis palavras: “Você deve estar brincando comigo”. Ele também classificou a reportagem como “fake news”. Em seguida, Steven Cheung, Diretor de Comunicações da Casa Branca, emitiu uma declaração mais longa.

Cheung afirmou que as imagens eram “recortes de vídeos e fotos inocentes fora de contexto” de eventos muito frequentados, usados para inferir “algo nefasto de forma repugnante”. Ele reiterou que Trump havia expulsado Epstein de seu clube em Mar-a-Lago por “ser um cretino” e chamou a reportagem de uma continuação de “histórias falsas” criadas por democratas e pela mídia liberal.

Essa não é a primeira vez que a relação entre Trump e Epstein gera polêmica. A dupla circulava nos mesmos círculos sociais desde a década de 1980. Relatos indicam que tiveram um desentendimento em meados dos anos 2000 relacionado a um negócio imobiliário de alto perfil em Palm Beach.

A questão dos arquivos relacionados a Epstein também permanece um ponto de tensão. Durante sua última campanha presidencial, Trump disse que não teria “nenhum problema” em liberar documentos ligados a Epstein se fosse eleito.

Trump e Epstein eram conhecidos por frequentar os mesmos eventos sociais

Em fevereiro de 2025, sob seu governo, a então Procuradora Geral da Flórida, Pamela Bondi, liberou o que foi chamado de “primeira fase” de arquivos de Epstein desclassificados. Contudo, em julho do mesmo ano, o Departamento de Justiça (DOJ) sob Trump declarou que não havia “base” para liberar mais arquivos. O DOJ acrescentou especificamente que também não encontrou uma “lista de clientes incriminadora”.

Essa decisão de não divulgar mais documentos alimentou especulações entre alguns setores do público de que Trump poderia estar ocultando detalhes sobre Epstein. Essas suspeitas ganharam força quando Trump, questionado por um repórter sobre Epstein, reagiu com incredulidade: “As pessoas ainda estão falando sobre esse cara? Esse cretino? Isso é inacreditável”.

Posteriormente, Trump mencionou planos de liberar materiais de um grande júri relacionados a Epstein, mas sua reação às imagens recém-descobertas demonstra sua contínua relutância em discutir o assunto a fundo. As novas evidências visuais garantem que o tema permaneça sob escrutínio.