Profecia de 1000 anos prevê o próximo papa, mas tem um aviso aterrador para a humanidade

Profecia de 1000 anos prevê o próximo papa, mas tem um aviso aterrador para a humanidade

23/04/2025 0 Por jk.alien

Há séculos, uma antiga profecia intriga fiéis e curiosos ao redor do mundo. Conhecida como a Profecia dos Papas, ela teria sido escrita no século XII por um arcebispo irlandês chamado São Malaquias. O texto, repleto de simbolismos, descreveria características de 112 pontífices — desde Celestino II, eleito em 1130, até um misterioso “Pedro, o Romano”, que marcaria o fim da lista e, segundo interpretações, o próprio fim dos tempos.

Recentemente, o assunto voltou à tona após a notícia do falecimento do Papa Francisco, aos 88 anos, vítima de um acidente vascular cerebral que levou a um coma e parada cardíaca. Com o início do período de nove dias de luto e a preparação para o conclave (assembléia que elege o novo líder da Igreja Católica), especulações sobre a possível conexão do pontífice argentino com a profecia ganharam força. Afinal, segundo o texto atribuído a Malaquias, após o 112º papa, a humanidade enfrentaria um juízo final, com a destruição de Roma — a “cidade das sete colinas” — e o fim do mundo como o conhecemos.

A descrição do último papa na lista é breve, mas carregada de dramaticidade: “Pedro, o Romano, que apascentará suas ovelhas em meio a muitas tribulações. Quando estas coisas se cumprirem, a cidade das sete colinas será destruída, e o temível juiz julgará seu povo. Fim.” Alguns entusiastas das profecias acreditam que esse evento catastrófico ocorreria por volta de 2027, data próxima o suficiente para gerar inquietação.

Mas como funcionam as supostas conexões entre os papas e as frases enigmáticas da profecia? Os defensores da teoria apontam exemplos históricos. Um deles é o lema “da gansa guardiã”, associado ao Papa Alexandre III (1159–1181), cuja família teria um ganso em seu brasão. Outro caso é o de Calisto III (1455–1458), ligado à frase “boi pastoril”, já que seu símbolo pessoal incluía um boi pastando. Para críticos, porém, essas associações são forçadas ou reinterpretadas posteriormente para se encaixar nas narrativas.A legitimidade da profecia foi fortemente contestada (Domínio Público)

A legitimidade da profecia foi fortemente contestada (Domínio Público)

A autenticidade do documento também é questionada. Historiadores destacam que a primeira menção à profecia só surgiu em 1595, mais de 450 anos após a morte de São Malaquias. Uma teoria sugere que o texto foi criado por um monge chamado Arnold Wyon, que tentou usá-lo para influenciar a eleição papal do século XVI — sem sucesso. Além disso, o próprio Papa Francisco desafia a lógica da profecia: seu nome de batismo é Jorge Mario Bergoglio, e ele não adotou “Pedro” como nome pontifício, contrariando a previsão do “Pedro, o Romano”.

Especialistas como Anura Guruge, estudioso do Vaticano, reforçam a falta de evidências concretas sobre a origem medieval da profecia. Para Josh Canning, diretor do Centro Newman em Toronto, a conexão entre Francisco e o suposto último papa é frágil: “Não vejo como ligar ‘Pedro, o Romano’ ao atual pontífice”, declarou em 2013. A Igreja Católica, por sua vez, nunca reconheceu oficialmente o texto como autêntico, tratando-o mais como uma curiosidade histórica do que como um alerta divino.

Apesar das dúvidas, o fascínio pela Profecia dos Papas persiste. Mistérios envolvendo o fim do mundo sempre capturam a imaginação, especialmente quando vinculados a instituições milenares como o Vaticano. Enquanto o conclave se prepara para escolher um novo líder, o debate continua: seria a lista de Malaquias uma visão sobrenatural ou apenas uma lenda habilidosamente construída? Independente da resposta, uma coisa é certa — o enigma permanece vivo, alimentando debates e teorias há mais de oito séculos.