Planeta Nove: falta muito para encontrarmos o ‘último’ planeta do Sistema Solar?

Planeta Nove: falta muito para encontrarmos o ‘último’ planeta do Sistema Solar?

18/06/2024 0 Por jk.alien

O sistema solar é formado pelo Sol e mais 1.700 corpos celestes menores, entre cometas, asteroides e os planetas com seus satélites. Conforme os cientistas e astrônomos, nosso sistema solar é formado por oito planetas principais, Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, e um planeta anão, Plutão. Contudo, existem evidências de que possa existir mais um corpo celeste: o planeta nove.

Chamado de planeta nove ou planeta X, ele é um suposto nono objeto no sistema solar e já é procurado há décadas. Ele não foi encontrado de fato até agora porque, de acordo com os cientistas, os instrumentos astronômicos atuais não são capazes de observá-lo.

De acordo com a literatura, uma das primeiras evidências da existência do planeta nove foi em 2014, quando um objeto transnetuniano (TNO) Sedna foi estudado pelo astrônomo Scott Sheppard. Conforme os pesquisadores, os dados fora do comum da órbita de Sedna mostraram a presença de um astro que teria uma massa substancial pela região.

Segundo o astrônomo Mike Brown, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), essa irregularidade vista em Sedna dá a entender que exista a presença de alguma coisa, como um aglomerado de asteroides, um planeta anão ou um outro planeta. Então, Brown propôs a hipótese de um nono planeta no sistema solar, mas conforme ele mesmo ainda não é possível ter uma confirmação 100% certa de que ele realmente existe.

“No início, não dissemos que existia um planeta porque pensávamos que era uma coisa ridícula que existisse. Mas tentamos muitas coisas diferentes para explicar o que estávamos vendo e nada mais funcionou. Nossas melhores estimativas são de que seja cerca de sete vezes mais massivo que a Terra, ou algo entre cinco e dez vezes a massa do nosso. Isto o tornaria o quinto astro mais massivo do sistema solar, atrás de Júpiter, Saturno, Netuno e Urano”, disse.

Planeta nove

Tecmundo

Mesmo que algumas evidências sugiram que o planeta nove exista, os instrumentos espaciais atuais ainda não são poderosos o suficiente para confirmar ou não essa existência.

Ainda segundo Brown, a espera para essa confirmação pode acabar logo. Isso porque logo irá ser inaugurado o Observatório Vera C. Rubin, um telescópio refletor terrestre de 8,4 metros que está sendo construído no norte do Chile. Ele tem previsão de começar a operar em 2025. Logo, pode ser que os cientistas descubram a verdade a respeito desse misterioso corpo celeste em breve.

Até o momento o planeta nove não foi encontrado, por ele estar bem longe do sol. Por conta disso, ele pode levar até 10 mil anos para completar uma órbita ao redor da estrela. De acordo com o Brown, os pesquisadores estão fazendo a análise dos dados do Telescópio Subaru do Japão, no Havaí. E se eles não conseguirem encontrá-lo, a resposta pode vir com o Observatório Vera C. Rubin.

Quanto tempo para encontrar?

Tecmundo

Por mais que o Observatório Vera C. Rubin comece a funcionar no ano que vem, os cientistas pensam que ainda pode demorar uma década ou mais para fazer a análise dos dados do telescópio e enviar sondas para confirmar que o planeta nove realmente existe.

“Isso levará pelo menos uma década ou mais. Isto deve-se principalmente ao fato de as missões terem de passar por um longo e rigoroso processo de seleção governamental, acrescentou. Se o Planeta 9 for anômalo em algum aspecto, poderia haver mais interesse em acelerar tal missão”, disse Andreas Hein, engenheiro de sistemas espaciais da Universidade de Luxemburgo.

Em um estudo de 2022, astrônomos disseram que esse tempo pode ser entre 45 e 75 anos para que alguma nave chegue perto do planeta para confirmar se ele existe ou não. Eles ainda pontuam que essa é uma estimativa conservadora. Por conta disso, a descoberta pode ser feita um pouco antes.

Mesmo que o conceito desse nono planeta exista há tempos, não são todos os cientistas que concordam com ele. Na visão de alguns, as órbitas estranhas dos TNOs podem derivar de um viés observacional. Para Samantha Lawler, da Universidade de Regina, no Canadá, existem vários objetos para serem descobertos no espaço, mas o planeta nove não é um deles.

Fonte: Tecmundo

Imagens: Tecmundo

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