Outra espécie humana estaria vivendo escondida em ilha: Homo floresiensis seria semelhante a hobbit
07/03/2024Antropólogo Gregory Forth recolheu o testemunho de nativos que garantem que esses seres vivem nas florestas da região
Em 2003, em uma caverna na ilha de Flores, na Indonésia, foram descobertos restos mortais que incluíam um pequeno crânio. Após uma série de análises, os pesquisadores concluíram que o osso pertencia a uma espécie humana extinta previamente desconhecida, que acabou batizada de Homo floresiensis. Agora, um pesquisador afirma que esses nossos parentes ainda podem viver escondidos nas florestas do arquipélago situado no Oceano Pacífico.
Hobbits da vida real
A baixa estatura dos membros da espécie, que mediam em torno de um metro e meio de altura, levaram algumas pessoas a apelidá-la de “Hobbit” em alusão às criaturas dos livros de J. R. R. Tolkien. Segundo os pesquisadores, as mais recentes evidências do Homo floresiensis datam de 50 mil anos atrás. Mas, Gregory Forth, antropólogo aposentado da Universidade de Alberta, no Canadá, sugeriu uma hipótese controversa: a espécie poderia estar viva hoje.
Forth, que está publicando um livro chamado “Between Ape and Human” (“Entre o Macaco e o Homem, em tradução livre), levantou essa teoria em um artigo publicado na revista The Scientist. Segundo ele, a tribo Lio, que vive na Ilha de Flores, relata histórias de avistamentos de homens-macaco que habitariam as frondosas florestas do local.
“Vinte anos antes da descoberta desses restos, quando comecei o trabalho de campo etnográfico na ilha das Flores, ouvi histórias de criaturas semelhantes a humanos, algumas supostamente vivas, mas muito raramente vistas. Nas palavras do líder da equipe de descoberta do H. floresiensis, o falecido Mike Morwood, as descrições desses hominídeos se encaixam com o floresiensis”, afirmou Forth. “Isso inclui relatos de avistamentos de mais de 30 testemunhas oculares, com as quais falei diretamente. Concluo que a melhor maneira de explicar o que me disseram é que os hominídeos sobreviveram em Flores até o presente ou até muito recentemente”, disse o antropólogo.
“Acho que nosso instinto inicial seja considerar os homens-macaco de Flores como inteiramente fictícios. Mas, levando a sério o que as pessoas dizem, não encontrei nenhuma boa razão para acreditar nisso. O que eles dizem sobre as criaturas, apoiados por outros tipos de evidências, é muito consistente com uma espécie de hominídeos sobreviventes ou que foi extinta apenas nos últimos 100 anos”, concluiu.