O que acontecerá com a leoa que matou homem invadiu sua jaula em zoológico de João Pessoa?

A equipe do Parque Zoobotânico Arruda Câmara, em João Pessoa, precisou reorganizar completamente a rotina de cuidados depois que um homem entrou no espaço de uma leoa e acabou morrendo. Desde então, o animal está em quarentena, procedimento adotado para analisar possíveis efeitos do contato inesperado com um humano e reduzir qualquer risco relacionado ao estresse sofrido.

A quarentena está acontecendo dentro do próprio recinto, que possui áreas internas separadas para manejo seguro. O secretário municipal de Meio Ambiente, Welison Silveira, explicou que essa etapa segue recomendações técnicas utilizadas em zoológicos e centros de conservação. Segundo ele, o animal foi acomodado em um setor conhecido como cabeamento, uma área fechada que permite observação contínua.

Silveira detalhou que a mudança repentina na rotina da leoa desencadeou um nível elevado de estresse. Por isso, a equipe especializada intensificou o monitoramento diário. O Ibama acompanha todo o processo em conjunto com os profissionais da Bica. O secretário acrescentou: “A equipe técnica está monitorando toda a rotina. Houve um estresse muito grande e o Ibama está acompanhando conosco esse processo”.

Durante esse período, a leoa está recebendo medicação adequada e cuidados específicos para garantir estabilidade física e comportamental. O procedimento não tem relação com punição ou risco para o animal. Silveira foi enfático ao esclarecer que não existe qualquer possibilidade de sacrifício. “Não há hipótese de sacrifício. A leoa não teve culpa. Entraram no recinto dela. Toda a conduta está sendo feita com base em critérios técnicos e com o acompanhamento dos órgãos ambientais competentes”, afirmou.

O protocolo segue sem previsão exata de término, já que depende da resposta do animal ao tratamento e da avaliação contínua feita pelos especialistas.