O Enigma Celestial da Adaga do Rei Tut
01/03/2024Nos anais da egiptologia, a descoberta do túmulo do rei Tutancâmon representa um momento culminante, não apenas pela sua variedade de tesouros, mas por um objeto de mistério cósmico: uma adaga de ferro de origem potencialmente extraterrestre. Vamos nos aprofundar neste artefato enigmático, assunto que continua a cativar historiadores e cientistas.
Em novembro de 1922, Howard Carter, um egiptólogo britânico, e sua equipe fizeram um avanço histórico no Vale dos Reis. Eles descobriram o túmulo intocado do jovem Faraó, um tesouro de artefatos e o local de descanso do próprio Tutancâmon. Entre esses tesouros estava um item que desafiava as normas da época: uma adaga de ferro.
O reinado do rei Tut ocorreu durante a Idade do Bronze, um período em que o ferro ainda não era uma mercadoria conhecida no Egito. Este punhal, portanto, apresentava uma anomalia cronológica. A atenção inicial foi desviada devido às outras riquezas do túmulo, especialmente o ouro, mas foi em 2016 que uma análise fundamental mudou o foco novamente para esta adaga de ferro. A análise espectral revelou que foi fabricado a partir de ferro meteórico – um material raro e difícil de trabalhar, dada a sua natureza dispersa e a falta de familiaridade dos antigos egípcios com o ferro.
O que torna esta adaga ainda mais desconcertante é a sua construção impecável. O ferro meteórico normalmente contém altos níveis de níquel, tornando-o quebradiço e difícil de moldar. O método convencional para combater isso envolveria dobragens e forjamentos repetidos. No entanto, a adaga do Rei Tut não mostra sinais de tal tratamento. Sua condição primitiva sugeria um processo de fundição, uma tecnologia muito além das capacidades dos egípcios e que só foi desenvolvida séculos mais tarde na China.
Isto deixa-nos a ponderar duas possibilidades: ou os egípcios eram muito mais avançados tecnologicamente do que se pensava anteriormente, ou a adaga não era da sua autoria. Uma teoria intrigante postula que a adaga foi um presente do pai de Tutancâmon, o faraó Akhenaton, uma figura controversa conhecida por mudar radicalmente o cenário religioso do Egito. Esta hipótese se alinha com a ideia de que a adaga, com suas origens sobrenaturais, poderia simbolizar o divino ou o celestial, particularmente no contexto da adoração monoteísta de Aton por Akhenaton.