Não são os Estados Unidos: Elon Musk confirmou qual é o país que tem a “chave do mundo”

Não são os Estados Unidos: Elon Musk confirmou qual é o país que tem a “chave do mundo”

10/02/2025 0 Por jk.alien

Elon Musk é um nome que não passa despercebido quando o assunto é influência global. Conhecido por revolucionar áreas como a tecnologia espacial e os carros elétricos, o bilionário também tem ganhado destaque em um campo menos óbvio: a política internacional. Recentemente, ele chamou atenção ao declarar que um país específico tem o poder de definir não apenas o futuro da Europa, mas de todo o mundo. E esse país não é os Estados Unidos, a China ou a Rússia — é a Alemanha.

Nas últimas semanas, Musk entrou de cabeça no debate político alemão ao apoiar publicamente o partido Alternativa para Alemania (AfD), grupo classificado por analistas como de extrema direita. O motivo? As eleições legislativas do dia 23 de fevereiro, que podem redesenhar o equilíbrio de poder no país e, consequentemente, influenciar decisões em todo o continente europeu. Em um comício virtual realizado no final de janeiro, Musk afirmou, em uma mensagem transmitida à distância: “As próximas eleições na Alemanha são incrivelmente importantes. Podem decidir o destino de toda a Europa, talvez o destino do mundo”.

A declaração surpreendeu muitos, já que o AfD ocupa atualmente o segundo lugar nas pesquisas eleitorais, atrás da União Democrata Cristã (CDU/CSU), principal partido conservador do país, que lidera com cerca de 30% das intenções de voto. Musk não apenas destacou a relevância do pleito, mas também incentivou os alemães a conversarem com familiares e amigos para “considerarem votar no AfD”. O partido, que tem como líderes Tino Chrupalla e Alice Weidel, defende pautas como redução da imigração, críticas à União Europeia e políticas ambientais menos rígidas — temas que contrastam com propostas históricas de partidos tradicionais.

A CDU/CSU, por sua vez, é liderada por Friedrich Merz, que não poupou críticas ao AfD. Em discursos recentes, Merz ressaltou que a legenda de extrema direita se opõe a projetos defendidos por décadas pelos democristianos, como o fortalecimento da OTAN, a manutenção do euro e a relação próxima com os Estados Unidos. A tensão entre os partidos reflete uma polarização que tem se acentuado na política alemã, especialmente em temas como energia, segurança e imigração.

Mas por que a Alemanha é tão crucial, na visão de Musk? O país é a maior economia da Europa e um dos pilares da União Europeia, exercendo influência direta em políticas econômicas, ambientais e de defesa do bloco. Decisões tomadas em Berlim impactam desde acordos comerciais globais até o posicionamento diante de conflitos internacionais, como a guerra na Ucrânia. Uma vitória do AfD poderia significar mudanças radicais nesses fronts, como a revisão de metas climáticas, o questionamento de alianças militares e até uma postura mais cética em relação a organizações multilaterais.

O apoio de Musk ao AfD gerou reações mistas. Enquanto alguns veem sua intervenção como uma estratégia para alinhar políticas alemãs a seus interesses empresariais — como a produção de veículos elétricos e o desenvolvimento de energia limpa —, outros criticam a entrada de uma figura estrangeira em debates internos de um país. Especialistas apontam que, embora a influência do bilionário seja inegável, o eleitorado alemão tradicionalmente valoriza a estabilidade política, o que pode limitar o crescimento do AfD nas urnas.

As eleições de fevereiro serão um termômetro não apenas para a Alemanha, mas para a geopolítica global. Se o AfD conquistar mais espaço, o mundo poderá testemunhar uma Europa com posicionamentos mais nacionalistas e menos integrados. Por outro lado, uma vitória da CDU/CSU tende a manter a continuidade de políticas que priorizam a cooperação internacional. Enquanto isso, Musk segue usando seu alcance para defender suas visões, mostrando que, além de moldar o futuro da tecnologia, ele está disposto a influenciar os rumos da política mundial.