
Misterioso crânio de “alien” encontrado na Argentina é desvendado
03/07/2025
Comparado à cabeça de um alien, crânio de formato misterioso foi descoberto em maio na Argentina
Em maio, na Argentina, operários fizeram uma descoberta inesperada enquanto instalavam uma tubulação de água. Em meio às obras na cidade de San Fernando del Valle de Catamarca, o grupo se deparou com um crânio – o que já é chocante por si só, mas, para aumentar ainda mais o mistério, ele tinha um formato incomum e achatado, sendo até comparado à cabeça de um alien.
- Em maio, um crânio de formato misterioso foi encontrado na Argentina;
- Comparado à cabeça de um alien, a descoberta pertencia, na verdade, a uma criança de 3 a 4 anos que morreu entre 1100 e 1300;
- O formato (achatado na frente e atrás e arredondado nas laterais) é resultado de uma prática cultural usada para moldar crânios de bebês;
- O costume surgiu há milhares de anos e foi aplicado em diferentes locais do mundo.

Apesar do susto, arqueólogos não demoraram a desvendar o mistério. O crânio pertenceu, na verdade, a uma criança de 3 a 4 anos, enterrada há pelo menos 700. O formato assimétrico, por sua vez, também tem explicação: foi causado por uma prática cultural de modelagem da cabeça.
Crânio de ‘alien’ da Argentina pertencia a uma criança

Ao Live Science, Cristian Sebastián Melián, da Direção Provincial de Antropologia em Catamarca, explica que o crânio foi encontrado com o restante do esqueleto da criança, colocado em uma sepultura em posição fetal. A data da morte foi estimada em algum ponto entre 1100 e 1300.
A ossada não apresentava nenhum trauma, mas o formato da cabeça chamou atenção da equipe. A hipótese é de que o crânio tenha sido moldado com acolchoamento, tornando as laterais mais largas e curvas e as partes frontal e posterior mais planas.
Técnica de modelagem tem milhares de anos

De acordo com Melián, a prática de modelagem do crânio surgiu há milhares de anos, e exemplares já foram encontrados em diversos lugares do mundo. Além da técnica do acolchoamento, alguns povos enrolavam longos pedaços de pano na cabeça dos bebês para alongá-la.
Grande parte dos estudos aponta que a prática não trazia impactos significativos à saúde, e estava relacionada tanto à identidade social quanto às preferências individuais dos parentes.