Cientista afirma que a humanidade “já é uma espécie de morto-vivo”
07/12/2023Quando chegará o apocalipse? Nossos dias na Terra podem estar contados.
Na verdade, no final deste século, a população mundial poderá começar o seu inevitável declínio, afirma o paleontólogo e editor da Nature Henry Gee num novo artigo para a Scientific American – e não hesita em usar a palavra “extinção”.
“Suspeito que a população humana está destinada não apenas a diminuir, mas também a entrar em colapso – e muito em breve”, escreve ele.
Gee aponta a falta de variação genética, o declínio das taxas de natalidade, a poluição e o stress de viver em cidades sobrelotadas como uma receita para o desastre.
“A ameaça mais insidiosa para a humanidade é a chamada ‘dívida de extinção’”, explica o paleontólogo. “No desenvolvimento de qualquer espécie, mesmo uma espécie próspera, chega um ponto em que a extinção é inevitável, não importa o que possam fazer para evitá-la.”
“As espécies em maior risco são aquelas que dominam determinados habitats em detrimento de outras espécies que migram para outros locais e, portanto, se espalham de forma mais uniforme”, sugeriu Gee. “Os seres humanos ocupam mais ou menos todo o planeta e, ao absorver a maior parte da produtividade deste pedaço de habitat planetário, nós o dominamos.”
Em outras palavras, nossas ações acabarão por nos alcançar. Isto significa que a humanidade pode “já ser uma espécie de morto-vivo”, diz Gee.
Segundo o pesquisador, é muito mais provável que nossa população não apenas diminua, mas desapareça.
“Os sinais já estão aí para aqueles que estão prontos para vê-los”, escreve Gee. “A verdadeira questão é ‘Quão rápido?’”