Bolsonaro completa uma semana internado por medo de prisão diz site

Bolsonaro completa uma semana internado por medo de prisão diz site

23/04/2025 0 Por jk.alien

Aliados veem Bolsonaro com medo de prisão e eventual apoio a Tarcísio por anistia, diz jornal. As informações foram obtidas pelo jornal Estadão em contato com integrantes do PL, partido de Jair Bolsonaro, em meio à inelegibilidade e à decisão do STF de torná-lo réu.

Segundo a publicação, os aliados do ex-presidente veem em suas últimas atitudes um político com receio do processo do qual é alvo no Supremo. Este medo, de acordo com aliados, poderia ter como consequência a escolha de Tarcísio de Freitas (Republicanos), como seu candidato à Presidência no ano que vem.

Neste caso, em caso de vitória na eleição, o governador de SP poderia anistiar Jair Bolsonaro junto dos demais acusados do 8 de janeiro de 2023. O principal entrave para que o governador seja o candidato de Bolsonaro nas eleições do ano que vem é que ele teria de deixar o mandato em abril.

Isso, segundo a apuração do jornal, seria um empecilho caso Bolsonaro opte por uma estratégia parecida com a de Lula em 2018, que levou sua candidatura até o limite. Integrantes do PL, no entanto, dizem acreditar que o medo de ser preso – e permanecer na prisão – pode fazer com que o ex-presidente mude de ideia até o fim do ano.

Tarcísio é visto, pelo núcleo de políticos mais experientes que auxiliam e aconselham Bolsonaro, como um dos melhores substitutos para o ex-presidente. Estadão Conteúdo

Bolsonaro admite medo de prisão: ‘A possibilidade existe’

Agora réu, ex-presidente atacou Moraes enquanto defendeu anistia para golpistas de 8 de janeiro



O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu nesta quarta-feira (2) que pode ser preso por envolvimento na tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2022. Em entrevista ao canal AuriVerde Brasil, afirmou que “a possibilidade [da sua condenação] existe”, apesar de insistir na inocência. Bolsonaro virou réu no dia 26 de março, por decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Estou aqui no Brasil, mas é lógico que você não fica tranquilo com uma questão como essa, ninguém quer perder a liberdade”, disse. Ele defendeu o projeto de anistia a golpistas que tramita no Congresso e disse encontrar força nos apoiadores presos pelos crimes cometidos no 8 de janeiro.

O ex-presidente é acusado de cinco crimes: participação em organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça ao patrimônio da União, e deterioração de patrimônio tombado.

Réu e inelegível, Bolsonaro ataca Moraes

Na entrevista, Bolsonaro voltou a atacar o ministro do STF Alexandre de Moraes, que nesta quarta-feira pediu um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a possibilidade de prisão preventiva do ex-presidente por obstrução de justiça. A notícia-crime sugere que Bolsonaro teria cometido mais crimes ao convocar atos em favor do PL da Anistia durante o processo.

Ele também minimizou sua inelegibilidade, decidida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e ironizou as razões que levaram à condenação. “Se condena por qualquer coisa. Fui condenado à inelegibilidade por duas coisas ridículas: reunir-se com embaixadores – e não com traficantes no Morro do Alemão, no Rio – e abuso de poder econômico por subir num carro de som do Silas Malafaia por coincidência”.

Apoio a Marine Le Pen

Inelegível e réu no STF, Bolsonaro também defendeu a política da extrema direita francesa Marine Le Pen. A líder do Reagrupamento Nacional foi condenada a quatro anos de prisão e está inelegível por cinco anos devido ao desvio de 2,9 milhões de euros (cerca de R$ 18 milhões) de fundos da União Europeia. “Criaram, arranjaram um motivo porque ela está crescendo muito”, falou, relacionando-a à sua situação.

Caso da baleia

Bolsonaro também admitiu sua responsabilidade no episódio em que teria importunado uma baleia ao passar próximo ao animal com uma moto aquática, em São Sebastião, no litoral de São Paulo, em junho de 2023. O caso foi investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF), mas acabou sendo arquivado.

“Eu estava na região do Guarujá, sim. Passei perto da baleia. […] Sou eu, eu não vou negar, eu não vou mentir”, disse. Ele declarou, no entanto, que não teve a intenção de importunar o animal e sugeriu que a investigação foi motivada apenas para humilhá-lo.

Editado por: Nathallia Fonseca