
Alerta dos cientistas: um apagão global pode acontecer em 2025 — entenda o que ele significa para você!
24/06/2025
Imagine um mundo sem internet, sem eletricidade por semanas ou até meses. Parece cenário de filme de ficção científica, né? Pois cientistas alertam que isso pode se tornar uma realidade em um futuro próximo, especificamente até o final de 2025.
O culpado? O nosso próprio Sol. Ele se prepara para um período de intensa atividade, aumentando o risco de tempestades solares extremas que podem abalar nossas infraestruturas tecnológicas.

No centro da preocupação estão as Ejeções de Massa Coronal (EMC). O Sol, periodicamente, libera explosões gigantescas que disparam uma vasta quantidade de gás ionizado — plasma superaquecido — de sua coroa. Quando essas nuvens de plasma atingem o campo magnético da Terra, elas podem desencadear tempestades geomagnéticas.
Essas tempestades não são meros fenômenos espaciais inofensivos. Elas interagem com o campo magnético do nosso planeta, induzindo correntes elétricas nas redes terrestres. O resultado?

Danos severos a satélites, interrupção de comunicações, falhas em sistemas de navegação (GPS) e, o mais preocupante, sobrecarga e queima de transformadores e outras instalações elétricas.
Em 2024, diversos cientistas já manifestavam apreensão com a possibilidade de uma megatempestade solar causar um “apocalipse da internet” que poderia durar meses.
O Ciclo Solar
A atividade solar não é constante; ela segue um ciclo de aproximadamente 11 anos, com fases distintas:
- Mínimo Solar: Período de baixa atividade, com poucas manchas solares e erupções.
- Máximo Solar: Fase de pico de atividade, com maior incidência de manchas solares e emissões de massa coronal.
- Declínio: A atividade solar diminui gradualmente até o próximo mínimo.
O ciclo atual, que começou em 2020, já surpreendeu os cientistas. Instituições como a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) e outros grupos de pesquisa observaram um aumento no número de manchas solares muito além das previsões iniciais.
Isso indica que o Sol está se tornando mais ativo do que o esperado, aproximando-se de um Máximo Solar intenso. A observação de manchas solares e erupções permite que os cientistas prevejam tempestades solares com alguns dias de antecedência, geralmente entre dois e quatro dias, dependendo da velocidade das partículas.

Para o professor Peter Becker, da Universidade George Mason, vivemos um momento crítico. Ele aponta que “a Internet atingiu a maioridade numa época em que o Sol estava relativamente calmo e agora está entrando em uma época mais ativa.”
Becker lembra que uma supertempestade solar já aconteceu em 1859, o chamado Evento Carrington, que causou auroras intensas e falhas em sistemas de telégrafos.
A diferença agora é a nossa dependência sem precedentes da tecnologia. “É a primeira vez na história da humanidade que houve uma interseção do aumento da atividade solar com a nossa dependência da internet”, explica Becker.
Ele lidera um projeto, em colaboração com o Naval Research Laboratory, para desenvolver um sistema de alerta precoce. A ideia é ganhar tempo — de dois a quatro dias após a detecção de uma EMC potente — para que governos, empresas e infraestruturas essenciais tomem medidas de proteção.

O professor adverte que os sistemas de aterramento convencionais podem não ser suficientes, e até mesmo equipamentos protegidos podem ser danificados.
Uma tempestade solar extrema poderia “fritar o sistema por um período de várias semanas a meses”, afetando computadores, servidores e toda a rede que sustenta a internet.
Há “cerca de 10% de probabilidade de que, na próxima década, algo realmente grande aconteça e possa acabar com a internet”, conclui Becker, sublinhando a urgência de nos prepararmos para essa ameaça cósmica.