A fortuna do Papa Francisco no momento de sua morte foi revelada

A fortuna do Papa Francisco no momento de sua morte foi revelada

23/04/2025 0 Por jk.alien

Aos 88 anos, o mundo se despediu do Papa Francisco, líder da Igreja Católica Romana, que faleceu em 21 de abril. Nascido Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, ele enfrentou problemas de saúde nos últimos meses, incluindo uma infecção respiratória, bronquite crônica e pneumonia que afetou ambos os pulmões, além de uma leve insuficiência renal.

Apesar de ter recebido alta hospitalar no início do mês, seu estado se agravou rapidamente, levando ao anúncio oficial de sua morte pelo Camerlengo Cardeal Kevin Farrell, que destacou seu compromisso com os valores do Evangelho e seu amor pelos mais necessitados.

Um dado que chamou atenção após sua morte foi a revelação de seu patrimônio líquido, estimado em cerca de 16 milhões de dólares (aproximadamente 94 milhões de reais), segundo a The Economic Times. O valor é surpreendente, considerando que, desde que assumiu o papado em 2013, Francisco não recebia salário. A origem dessa fortuna está ligada a doações, direitos autorais de livros e possíveis investimentos feitos antes de sua nomeação como pontífice, além de bens associados ao seu ofício papal. Entre eles, cinco carros, um apartamento e roupas, de acordo com o Mirror. Mesmo com acesso a recursos generosos, o Papa optou por um estilo de vida marcado pela simplicidade.

Diferente de seus antecessores, Francisco recusou-se a morar no Palácio Apostólico, residência tradicional dos papas. Preferiu viver em uma suíte modesta na Casa Santa Marta, localizada no Vaticano, onde dividia refeições com funcionários e visitantes. Além disso, tinha direito a um fundo anual de 385 mil dólares (cerca de 2,2 milhões de reais), valor que poderia ser usado para gastos pessoais ou doações. Não há confirmação de como ele utilizou esses recursos, mas sua trajetória sugere que a maior parte foi destinada a obras de caridade.

Sua dedicação aos mais pobres ficou famosa ainda antes do papado. Em Buenos Aires, era comum vê-lo distribuindo alimentos e oferecendo abrigo a pessoas em situação de rua. Como líder da Igreja, continuou a defender causas sociais, criticando publicamente a desigualdade econômica e o acúmulo de riqueza. Em discursos, reforçava a importância de “uma Igreja pobre para os pobres”, filosofia que guiou suas ações até o fim da vida.

A notícia de sua morte gerou comoção global. Líderes de diversas nações prestaram homenagens, incluindo o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, que o encontrou no Domingo de Páscoa, menos de 24 horas antes do falecimento. Em rede social, Vance relembrou um sermão do Papa durante os primeiros dias da pandemia de COVID-19, descrevendo-o como “um farol de esperança em tempos sombrios”.

Apesar da saúde frágil, Francisco manteve agenda intensa até os últimos dias. Seu último ato público foi uma missa celebrada em 20 de abril, demonstrando resiliência e compromisso com seu papel espiritual. Sua morte encerra um capítulo marcante na história da Igreja, não apenas por suas escolhas financeiras, mas pela forma como equilibrou influência global e humildade pessoal.

Enquanto o Vaticano prepara os ritos fúnebres, milhões de fiéis ao redor do mundo refletem sobre o paradoxo de um homem que, mesmo cercado por riquezas potenciais, escolheu viver com o essencial. Seu exemplo continua a inspirar debates sobre ética, fé e responsabilidade social, temas que ele abordou com paixão durante seus 11 anos como líder católico.