Objeto avançado com mais de 40.000 anos é achada na Sibéria: “Essa descoberta vai alterar os livros de história”
13/06/2024É intrincadamente feito com pedra verde polida e acredita-se que tenha adornado uma mulher ou criança muito importante apenas em ocasiões especiais. No entanto, este não é um acessório de moda moderno e acredita-se que seja a pulseira de pedra mais antiga do mundo, datada de 40.000 anos.
Desenterrado na região de Altai, na Sibéria, em 2008, após uma análise detalhada, especialistas russos agora aceitam sua idade notável como correta.
Novas fotos mostram esta antiga peça de joalheria em toda a sua glória, com cientistas concluindo que ela foi feita por nossos ancestrais humanos pré-históricos, os denisovanos, e mostra que eles eram muito mais avançados do que qualquer registro historico mostra.
“A pulseira é impressionante e com características avançadas”, disse Anatoly Derevyanko, diretor do Instituto de Arqueologia e Etnografia em Novosibirsk, parte da filial siberiana da a Academia Russa de Ciências.
“É improvável que tenha sido usado como uma peça de joalheria cotidiana. Acredito que esta pulseira linda e muito frágil foi usada apenas em alguns momentos excepcionais.’
A pulseira foi encontrada dentro da famosa Caverna Denisova, nas montanhas de Altai, que é conhecida por seus achados paleontológicos que remontam aos denisovanos, que eram conhecidos como homo altaiensis, uma espécie extinta de humanos geneticamente distinta dos neandertais e humanos modernos.
Feita de clorita, a pulseira foi encontrada na mesma camada dos restos mortais de alguns dos povos pré-históricos e acredita-se que pertença a eles.
O que tornou a descoberta especialmente impressionante foi que a tecnologia de fabricação é mais comum em um período muito posterior, como a era neolítica. De fato, ainda não está claro como os denisovanos poderiam ter feito o bracelete com tanta habilidade.
Escrevendo na revista de Novosibirsk, Science First Hand, o Dr. Derevyanko disse: “Foram encontrados dois fragmentos da pulseira com uma largura de 2,7 cm e uma espessura de 0,9 cm. O diâmetro estimado do achado foi de 7 cm. Perto de uma das rachaduras havia um furo perfurado com um diâmetro de cerca de 0,8 cm. Ao estudá-los, os cientistas descobriram que a velocidade de rotação da furadeira era bastante alta, as flutuações mínimas, e que ali era aplicada a *furação (*furação é um processo de usinagem que tem por objetivo a geração de furos, na maioria das vezes cilíndricos, em uma peça, através do movimento relativo de rotação entre a peça e a ferramenta multi/monocortante, denominada broca) com um implemento – tecnologia que é comum em tempos mais recentes.
Mas poderia esta pulseira de aparência moderna ter sido enterrada com restos mais antigos?
Os especialistas rejeitaram completamente essa hipótese, dizendo acreditar que as camadas não foram contaminadas pela interferência humana de um período posterior. O solo ao redor da pulseira também foi datado usando análise isotópica de oxigênio. O objeto é 100% autêntico.
Fonte: Siberian Times